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Eu aguento até rigores
Eu hospedo infratores e banidos
Eu não julgo a competência
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
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Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas
E eu aguento até os estetas
E seus amigos poetas
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Eu respeito tiranias
E compreendo piedades
Eu não condeno vaidades
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Mas o que eu não gosto é de mentiras
Eu não gosto de mentiras
Não, não gosto de mentirosos
Não gosto.
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*comente clicando no pequeno balão do canto superior direito do post.
4 comentários:
no fundo mesmo nem os próprios mentirosos gostam de mentiras, mas o intrigante é ver como algumas mentiras podem fazer tanto mal para muitas pessoas de uma vez só.
Teu texto ta lindo samuca
e mais uma vez, tu posta um texto, que ainda que idealizado por outra mente imprime a tua personalidade perfeitamente e que traduz tanto de tanta gente, como fez de mim. ;D
Não há mentira que consiga trancafiar a verdade. As vezes demora, as vezes machuca, as vezes dá raiva. Sempre faz mal e nunca rege até o final. mentira.. eeeca!
Eu não consigo ler esse texto, sem me desligar da figura do autor. Para mim, o autor e o eu lírico são o mesmo indivíduo. Não há um caráter especifico de um romantico ou realista, entre outros. Você brinca com as palavras como uma criaça binca que sobra bolhas ao vento. O resultado é: polissemia. Você é moderno. Nem tudo que é moderno é bom. Calma! Você é bom, pelo menos na minha opinião. Voltando ao texto, se você quis contar algo, contou mas não contou. Isto é: está implicito. Uma mensagem merece uma resposta. Portanto, NÃO SE OPRIMA. Há mentiras benéficas, quer dizer, é melhor não seja verdade. Sabia que Chaplin era pedófilo? Que Freud nunca conseguiu "curar" um paciente? Que o atual papa é um discípulo de Hitler?
Pense nisso,
té mais...
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