quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Te olho, tu me olhas; acrescento um sorriso recatado e tu lanças outro insinuante. É mútuo: preciso te tocar e tu precisas me sentir; preciso te morder e tu precisas me beijar; meu cheiro te alucina e teu cheiro me entorpece; te quero com roupa, com pouca roupa ou sem roupa alguma e tu desejas me despir até minha imaculada sinergia descarada do Olimpo Grego. Vamos, podemos fazer isso para sempre, sempre, sempre e eternamente. Te lança, cai em minha cama como um combatente em guerrilha, tomado por adrenalina e sedento de satisfação. Quero comer tua carne com a gula de um faminto e beber teu veneno como uma vítima da luxúria; ah! A luxúria que eu desperto em ti. Meu olhar, meu toque, meu cheiro, meu gosto, o som de meu prazer! Paixão, paixão desvairada que nos encarcera no véu do pecado, e que pecado; pecado intrínseco e totalmente aceito entre os Céus e a Terra: a paixão.

*Postarei mais textos meus logo logo, tenho muitos acumulados;
Quem escreve me entende, as vezes é duro mostrar nossas produções; encaro meus textos como filhos meus, e sou protetor como qualquer pai.
Noite a todos.

sábado, 16 de janeiro de 2010

 "Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." (Clarice Lispector)


*Para aqueles que acham que entendem todas as coisas.
Noite. 
 

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